O Bloco de Esquerda enviou um conjunto de perguntas ao Ministério das Finanças sobre a Contact e a forma como esta é afetada com a turbulência do BES/GES. Estas perguntas expressam a preocupação do partido acerca da forma como os problemas no Grupo Espírito Santo podem gerar desemprego. Isto porque a Contact é uma das empresas que mais emprega nas Caldas da Rainha e estes problemas poderão agravar o desemprego na região. Esta preocupação é reforçada pela situação de precariedade vivida na empresa, a pouca duração dos contratos, falta de apoio aos funcionários e o abuso dos estágios comparticipados pelo IEFP, que empresas como a Contact beneficiam.
Assembleia
da República
REQUERIMENTO Número
/XII ( .ª)
|
|
PERGUNTA Número
/XII ( .ª)
|
Assunto: Viabilidade
futura da empresa Contact, pertencente ao Grupo Espírito Santo
Destinatário: Ministério das
Finanças
Exma. Senhora
Presidente da Assembleia da República
A história
recente do Grupo Espírito Santo levou a uma situação em que várias holdings
do Grupo – a título de exemplo, a ESFG e a Rio Forte – tiveram que solicitar
a proteção contra credores. A insolvência dessas holdings e o risco de
penhora sobre os seus ativos, colocam em risco muitas empresas.
A Contact é uma
empresa do Grupo Espírito Santo com instalações em Lisboa, Porto e Caldas da
Rainha e cujo futuro é uma incógnita, tendo em conta a turbulência que
arrasou com o Grupo Espírito Santo, em particular as suas holdings e o BES.
Perante esta
situação é importante que o Governo averigue a real situação desta empresa, a
sua viabilidade e as consequências da sua exposição ao GES.
O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda, atendendo ao
exposto, e ao abrigo das disposições constitucionais e regimentais aplicáveis,
vem por este meio dirigir ao Governo, através do Ministério das Finanças, as
seguintes perguntas:
1. A empresa em questão inseria-se em que holding do Grupo
Espirito Santo?
2. Em que medida é que esta foi ou poderá ser afetada pela
situação de insolvência das holdings do GES?
3. A empresa teve, de alguma forma, qualquer exposição ao
BES?
4.
Considera o
Governo que esta empresa é viável e que os seus postos de trabalho serão
mantidos?
|
Palácio de São Bento, 16 de setembro
de 2014.
O deputado
Sem comentários:
Enviar um comentário