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quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Francisco Louçã defende inutilidade da abstenção nas Caldas da Rainha


Francisco Louçã defende inutilidade da abstenção nas Caldas da Rainha



O ex-Coordenador da Comissão Política do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, participou numa sessão de debate sobre as respostas à crise promovida pela candidatura do Bloco de Esquerda à Câmara Municipal das Caldas da Rainha.

O economista começou por relembrar a origem e profundidade da crise e referiu as suas especificidades em Portugal considerando o resgate financeiro da troika como “um programa radicalizado para acentuar a transferência de rendimentos para o capital financeiro”.

Ao falar nas respostas à crise, para além das respostas sociais, dedicou a sua atenção à crise do sistema político insistindo na necessidade de uma nova lei de limitação de mandatos para detentores de cargos públicos. Rejeitou ainda propostas como os círculos uninominais ou o voto preferencial que não funcionaram noutros países, dando exemplos como o do Brasil.

Louçã concluiu considerando que apesar de existirem boas razões para muitos se sentirem zangados, a abstenção apenas reforça o poder instalado sendo um voto a menos numa alternativa. Sublinhou ainda que o caminho da resposta à crise “passa por estas autárquicas” , relembrou as propostas de unidade apresentadas pelo partido e apresentou a ideia de “refundar a esquerda por cima e por baixo”.

Na mesma sessão, Carlos Carujo, candidato à Câmara Municipal das Caldas da Rainha falou das especificidades da crise no concelho considerando “pesado” o legado a que os herdeiros de Fernando Costa prometem ser fiéis, consistindo num “crescimento urbano desregrado, um parque habitacional decadente, um trânsito caótico e um espaço rural abandonado” e num “orgulho imobilista que se gaba de ter os cofres cheios enquanto a economia local definha”.

O candidato referiu-se ainda às promessas repetidas em tempo de eleições como a intervenção na Lagoa de Óbidos e criticou a proposta de municipalização do Hospital Termal “como forma para depois privatizar aquela que é a fonte de identidade e de grande parte da vida da cidade”. Para Carlos Carujo, “hoje dividem-se as águas sem espaço para meias tintas: ou se está a favor ou contra o fim do Hospital Termal”.

Foram ainda apresentadas respostas como a criação de um gabinete de crise e de um programa de reabilitação urbana, a concretização de um plano participativo de desenvolvimento sustentável e a aposta na agricultura biológica, a incubação de projetos culturais e o apoio à economia social e ao cooperativismo.

Carujo concluiu defendendo que “contra a criatividade destruidora da austeridade e do capitalismo selvagem” é necessária “a criatividade da solidariedade e da justiça social”.

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